Duas taças de vinho me puseram em suposta
leveza... Quando te encontrei, vi-me encurralado e sem ação... Teus olhos eram
negros... Muito negros. Tuas mãos frias, desalentadas...
Brincamos como duas crianças e eu sabia o
que a noite reservava a ambos... Sentamos nos bancos de um quiosque mal
iluminado, peguei tuas mãos e disse coisas sem nexo... Nossas pernas se
roçavam, nossas bocas próximas e os corações distantes... Disseste: “Não temos
jeito!” - tuas últimas palavras...
Depois dessa noite triste, mergulhaste
profundamente na agudeza de teus fracassos e de tuas mortes cotidianas ... e eu
pensava, - serenamente - em como não te dizer nada e nem te procurar ....
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