sábado, 21 de janeiro de 2006

Noites Insones

Varo madrugadas. Noites longas, por vezes ásperas... e sonhos tempestivos. O corpo retesado, máculas por braços e pernas... e só desperto com o canoro pássaro que parece conhecer todos os meus segredos e degredos. Por certo, quando finalmente estiver em sono profundo, a mercê de todas as representações oníricas, poderei ter a medida certa do quanto fui alerta e do quanto aprendi com a musa de todas as épocas. E só ela, a Clio desavisada, pode compreender que o tempo é fronteira do que não se sabe... e ainda que caolha e submersa na lama humana, empreenderá suas retóricas análises... e eu estarei lá... insone... com minhas reticências agudas e sinceras.
NOTA: Este breve texto foi construído pensando no meu grande amigo Alexandre Barp, que pediu-me para explicar a gênese da expressão "Clio Insone". Então, Barp, promessa cumprida!