A educação
pública é um direito inalienável, portanto, não pode ser compreendida como uma
mercadoria, além de ser um bem comum. Em outras palavras, a educação em seus
diferentes níveis e modalidades de ensino representa a mais valiosa herança
civilizatória de uma nação. São pelas instituições públicas que gerações
inteiras se apropriam do conhecimento científico de forma sistematizada, onde
escolas e instituições de ensino superior por meio de seus professores e corpo
técnico/pedagógico se responsabilizam por processos formativos discutidos
permanentemente. Daí se supor que uma nação que prescinde de educação e de seus
professores comete um grave crime de lesa-pátria!
Embora
todo o empenho e energia bolsonaristas venham demonstrando por meio de ações
práticas (cortes orçamentários nas instituições federais de ensino superior,
desqualificação social do magistério e imprudentes agressões à juventude
escolarizada) que a educação pública é desnecessária, sabe-se que o
desenvolvimento social de um país, fatalmente, passa pelas creches, escolas de
educação básica, cursos técnicos profissionalizantes e universidades. Os
recursos investidos – que não podem ser confundidos com ‘gastos’ públicos – em
ensino, pesquisa e extensão transformam de maneira qualificada a vida de
milhões de pessoas, notadamente crianças e jovens. Defender o direito à
educação, portanto, é um princípio basilar da res publica!
Cada vez
que a educação pública é atrozmente atacada quem sofre as consequências é a
população brasileira, sobretudo aquela das camadas mais empobrecidas do tecido
social. Logo, o anti-intelectualismo e a ignorância levadas às últimas
consequências corroboram tão somente para uma imagem invertida do que seria um
país efetivamente soberano. O representante do Poder Executivo não só pesa a
mão com declarações desastrosas como demonstra de maneira límpida que não está
à altura do cargo que ocupa!