segunda-feira, 18 de abril de 2011

METRÓPOLE II

uma gente
apressada

correria
nos metrôs

embarques
e desembarques
cotidianos

a vida começa
às 4 da matina
e o sol se
descortina
tímido
rompendo o céu
plúmbeo


em cada esquina
um boteco
engenhoso
e conversas
diversas
e plurais
tribos
atravessando
ruas e os
shoppings
de mil luzes

eu já
não durmo
estou sempre acordado
e receio
que a cidade
está em 
mim
alucinada
e alucinante

METRÓPOLE I


o movimento
inaugurado.

hoje
plácida
estrutura.

música
que se
tornou
estética de si mesmo.

nada feito
para provocar.

é o mais do mesmo
é o mais do mesmo!

tudo
se tornou pastiche
da mesma
matéria
surrada.
vende-se
literatura
como
se vende 
aguardente.

o que
corrói mais?