A seção sindical do ANDES na Universidade
Federal de Santa Catarina tem se pautado pela efetiva luta em prol dos
trabalhadores e trabalhadoras do Ensino Superior. Em nível nacional, o ANDES-SN
(Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior/Sindicato Nacional) e suas
respectivas seções sindicais, tiveram participação inequívoca nas negociações
com o governo federal na recente greve que atingiu mais de 40 Instituições
Federais de Ensino Superior (IFES). A APUFSC-Sindical, por seu turno, tem se
configurado no âmbito da UFSC como uma entidade anódina no que se refere à
defesa dos direitos dos professores. Sequer conseguiu realizar uma única
assembleia para discutir os rumos da greve, numa evidente manobra política
desmobilizadora.
No que tange à pretensa ilegalidade da seção
sindical do ANDES na COMELUFSC (Comissão Eleitoral da UFSC), a APUFSC-Sindical
se mostrou desde o início, avessa à comissão, inclusive acionando a justiça
contra o Conselho Universitário (CUn). Logo, a consulta sobre o processo
eleitoral para a Reitoria na UFSC se deu na instância máxima de deliberação da
universidade, ou seja, o CUn, prevalecendo a manutenção da consulta paritária
entre os três segmentos (docentes, servidores técnicos administrativos e
estudantes). Muito diferente do que a APUFSC-Sindical defende, ou seja, 70% de
peso eleitoral para os docentes e os demais 30% divididos entre técnicos e
estudantes. A COMELUFSC, nesta direção, respaldada por princípios e resoluções
contidas em edital próprio, seguiu a orientação da paridade. Ao realizar uma
‘consulta paralela’ (apenas com docentes) e sem qualquer validade, a APUFSC-Sindical
procurou desestabilizar uma discussão que diz respeito a toda a comunidade
universitária.
Um sindicato, em seu sentido pleno, precisa
estar atento às reivindicações de sua categoria e não se comportar como uma
entidade ‘beneficente’ ou um ‘clube social’. As demandas e os desafios que as
IFES enfrentam e enfrentarão nos próximos anos exigem compreensões mais sólidas
e estruturadas, consolidadas em assembleias democráticas e encaminhamentos
coletivos. Ao se confundir a real função sindical com interesses privados, torna-se
inócua qualquer bravata beligerante.