sábado, 21 de janeiro de 2006

Noites Insones

Varo madrugadas. Noites longas, por vezes ásperas... e sonhos tempestivos. O corpo retesado, máculas por braços e pernas... e só desperto com o canoro pássaro que parece conhecer todos os meus segredos e degredos. Por certo, quando finalmente estiver em sono profundo, a mercê de todas as representações oníricas, poderei ter a medida certa do quanto fui alerta e do quanto aprendi com a musa de todas as épocas. E só ela, a Clio desavisada, pode compreender que o tempo é fronteira do que não se sabe... e ainda que caolha e submersa na lama humana, empreenderá suas retóricas análises... e eu estarei lá... insone... com minhas reticências agudas e sinceras.
NOTA: Este breve texto foi construído pensando no meu grande amigo Alexandre Barp, que pediu-me para explicar a gênese da expressão "Clio Insone". Então, Barp, promessa cumprida!

Um comentário:

Anônimo disse...

Pela mitologia grega, Mnemosine, filha de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra) é uma força primitiva da natureza e a guardiã da memória. Assim Mnemosine unira-se a Zeus em matrimonio e dessa uniao frutificaram-se nove filhas...As nove Musas: Calíope (poesia épica), Erato (poesia amorosa), Euterpe (poesia lírica e da música), Melpómene (tragédia), Polínia (hinos sacros), Tália (comédia), Terpsícore (dança e canto coral), Urânia (astronomia) e Clio (Proclamadora) a Musa da História.

Por assim dizer, a história é filha da memória.

Quando a europa foi invadida pelos Helenos (península dos Balcãs), a civilização grega teve duas importantes contribuições para a música na antiguidade: o conteúdo místico e um fundamento lógico.

No lado místico, acreditavam em deuses com características humanas que habitavam o Olimpo. Além desses, havia tbm as musas celestiais, que inspiravam as artes e as ciências. A palavra música significava "a arte das musas".


Creio que aqui, encontra-se tua admiracao e a escolha perfeita pelo pseudonimo meu caro!!! Na uniao entre a historia e a musicalidade... estou certa?

Beijos carinhosos...