sexta-feira, 6 de maio de 2011

APRENDENDO COM AS VIAGENS

Nos aeroportos todos os cheiros parecem idênticos e os olhares difusos permanecem como efêmera pousada; homens engravatados conversam demoradamente em telefones móveis de última geração e na espera da próxima conexão ensaio linhas tortas num caderno de manuscritos; é tempo de chegadas e de partidas! 

E presumo que goste destes ânimos crus de não estar em nenhum lugar. Era quando esquecia o tempo-dinheiro que vislumbrava aspectos daquela cultura e daquela gente de tantos lugares. E apreciava suas culinárias e seus templos de memórias. E o arquiteto centenário, em sua elevada sabedoria, sintetizava tudo ao dizer que a ‘vida é  um sopro’ e que todo o resto era bobagem de intelectualóides enquadrados na seção obtusa de jornais sensacionalistas. 


O caminho era sinuoso. E agora vinham estas novidades... estes novos temperos...estas iguarias de virtudes cruas e ingênuas, querendo a liberdade  dos primeiros e quentes amores... 
 
Acreditar na mudança em tempos de desencanto... e foi com essa estranha mistura de enganos, horrores, desamores e injúrias que avancei neste longo circuito; desejando toda a sorte de perdas e encontros; renovando o repertório das ‘chegadas e partidas’.  
 

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