terça-feira, 6 de junho de 2006

Do projeto literário "Verdes idades para serem ditas"

2

na manhã de
chuva
as leituras que faço
são tensas
confidenciais.


o café quente
preparado no acordo
das horas
reluz na
fina têmpera do
quarto de estudos.

preparo-me
para o exercício do tempo
e penso na mulher
que amo.

fico feliz
com as gotas
da chuva...
com
as minhas escolhas.


e quando
o domingo se finda
acenando para
mais uma semana
nem o coração
entende
o porquê de tanta
leveza
em tempos de
neve nos
semblantes alheios.

2 comentários:

Anônimo disse...

Satã, Ferdinando, Jesus avança com suas sarças purpúreas ... Rimbaud de um gole só toma sua cerveja quente ou seu manzagran, ou seria manzagrã? Chá, besouros, um cabide, asas de xícaras, 400 livros lidos e não lidos, uma resposta, uma pele negra, um dia nublado, e por mais que tentemos, se passam apenas os dias, as noites não.

Anônimo disse...

Mazagran, é um café frio, serivo em copo fundo, juntamente com água açucarada e às vezes aguardente, introduzido na França após a defesa militar de Mazagran, na Argélia, pelo capitão Lelièvre.

Tradução e nota de Lêdo Ivo do Poema Après le Déluge - Após o Dilúvio, do Poeta Arthur Rimbaud.