terça-feira, 8 de março de 2011

ILHA-GRIS


Até hoje, quando acordo todas as manhãs e ouço as primeiras cantigas dos pássaros, tenho a impressão de que esta cidade não vai corresponder ao meu desatino, tampouco vai me acolher entre suas ruas estreitas e íngremes. A trilha sonora desta ilha de desterrados é um fado ininterrupto. 

Assim, esta cidade sem eco me guia para a sonolência e a reclusão deliberada. Ainda que toda manhã os pássaros prenunciem em seus cantos de alvoroço que nada está, realmente, no seu lugar.

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