quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tantas palavras...

exigindo
palavras obtusas
às duas da matina.

querendo
explicação
de tudo
o que não sabe.

e eu filosofando
cartesianas
verdades
no vislumbre
da tarde.

agora me
reconhecias.

e podias
partir
repleta
de vazia existência.

3 comentários:

Danielle Antunes disse...

Breve e bravo...
em meio a este poema brotam reflexões...
será possível encontrar explicações para o que não se sabe?...
Bem, talvez valha ao menos a pena buscá-las...

Danielle Antunes disse...

Fui procurar Leminski... E gostei!

Callas disse...

interessante que o vazio da existência me lembrou do "vazio do nada" de que fala Yoshida. um vazio que pode ser um todo, das coisas e seres. podemos sempre partir,muitas vezes repletos do "todo" da existência do outro.

vazio/todo
existência/ausência