
O que vaza em mim
desejo-teu
que foi colapso
tua boca
o mistério
não apaga
e tuas pernas,
coxas
nádegas
cheiro que embriaga
e era
a língua
exposta
na antesala
de vômitos
e restos
espelhados
e tuas mãos
hábeis
onde

o líquido leitoso
por fim
aquietara
e eu não
via noite
mais clara
e na varanda
só a fumaça
do cigarro
mais barato
e a quintessência
foi a cena
da tua nudez
muda
e eu já não ouvia
e eram cheiros
nossos
que recendiam
foi tua
última
aparição
minha boca
seca
desejosa de
teus
úmidos
fluidos
e num flux
éramos
engano
miséria
e retidão
eu te escolhera
pela mansidão
do olhar
e também
sofria
e a miséria
era só
minha.