
sábado, 26 de janeiro de 2008
2o. FEMIC

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
A compreensão histórica das cotas

Por Jéferson Dantas
Se, ao mesmo tempo, compreendemos que as ações afirmativas ou as políticas de cotas representam uma atenuante (um ‘meio’ e não um ‘fim’ em si mesmo, conforme expressão do educador Petrônio Domingues), devemos também atentar ao processo de exclusão, humilhação e expropriação das comunidades afrodescendentes no Brasil ao longo de séculos. As condições gerais de trabalho e escolaridade destes grupos sociais continuam sendo muito inferiores aos dos brancos, denotando um racismo pela via ‘fenotípica’. Somente no estado de São Paulo, a expectativa de vida dos negros em pleno século XXI não chega aos 55 anos, tendo em vista suas precárias condições de existência material. Deste modo, ainda que juízes ou advogados compreendam, precariamente, que as cotas étnicas representam uma excrescência jurídica (já que não é possível determinar, geneticamente, quem é branco e quem é negro), o que está em jogo, fundamentalmente, é um processo histórico de racismo velado e cinicamente desconsiderado por determinada parcela da opinião pública.
Nesta direção, numa sociedade pautada no consumo e na competitividade, fica evidente que os ganhos sociais devem pertencer a um número cada vez mais reduzido de indivíduos. Estão fora de questão as discussões de fundo histórico, porque o que está em jogo são os interesses privados; os interesses coletivos se tornam uma ‘abstração’, e a pobreza e/ou a miséria são tratadas como algo alienado de todas as relações sociais existentes.
Concordo e defendo que a educação básica pública deve ser radicalmente qualificada, entretanto, as políticas de cotas também favorecem um debate profundo mal resolvido, repleto de feridas não suturadas. É quando se põe em tela a situação dos/s negros/as neste país que podemos vislumbrar as ações afirmativas não como um benefício de ‘mão beijada’, mas como uma das várias ações de reconhecimento sócio-histórico-cultural de todas estas comunidades envolvidas. Como nos ensina o filósofo húngaro István Mészáros, o princípio da igualdade na sociedade burguesa é apenas ‘legalista-formal’, destituído de caráter histórico e de mediações dialógicas.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Livro de Jéferson Dantas no primeiro semestre

Car@s amig@s e leitor@s do blog, no primeiro semestre de 2008 estarei lançando um pequeno livro artesanal (prosa poética) com o título Suspenso e alheio [ou as minhas reticências sinceras]. Ainda não há previsão de data para o lançamento. Provavelmente, no início do outono (aí teremos um bom pretexto para bebericar um vinho tinto seco, não é mesmo?)
Existe ainda a possibilidade de estarmos divulgando algumas canções do projeto musical A cada manhã, com os arranjadores e compositores da banda.
Então, até mais!!
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
2008 - dois anos do Blog!!!!
Para não cairmos na lógica piegas de que bons ventos o novo ano traz, façamos o seguinte: acreditar que 2008 nos colocará novos desafios; que teremos muito o que aprender; que teremos mais paciência e serenidade sem perder de vista os embates e/ou conflitos necessários. Os ritos de passagem nos ensinam, pelo menos, o quanto precisamos eliminar os fardos que não nos pertencem e vislumbrar horizontes desconhecidos.
Aos meus/minhas leitores/as um 2008 repleto de incertezas, aventuras e desvarios!!!
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