Tenho passado pouco por aqui. Manter um blog não é tarefa fácil. E creio que tenho me repetido, exaustivamente. Parece que tudo já foi dito, mas o "tudo" é bastante prepotente. É imensa a tarefa daquele que se expressa! Na poesia, na arte plástica, na música ou numa sala de aula... Entretanto, resistir, dizer, falar, gritar, liberar os grilhões da expressividade cambaleante é um alimento perene! Único fruto que nos conforta e nos transporta à eternidade. Somente a obra nos redime! E somente o verdadeiro amor é capaz de nos purificar da imensa fadiga, da nossa pequenez e da inescapável finitude...
quarta-feira, 19 de julho de 2006
segunda-feira, 3 de julho de 2006
Do projeto literário "Verdes Idades para serem ditas".
"Persistência da Memória", de Salvador Dali.

e o brilho
difuso
que ainda
se
espalha
pela casa:
é uma centelha
ou uma vel(h)a acesa?

e o brilho
difuso
que ainda
se
espalha
pela casa:
é uma centelha
ou uma vel(h)a acesa?
e a valsa que
prometeste ao teu
amor
na primeira chance
de corpos colados
em noite-furor
em noite de amor
cambaleantes de éter
e álcool?
e a sedução
que nunca se abala
olhares
na tela
virtuais casualidades
encontros na chuva
pesadelos na rua
e sonhos de
desventura?
varando noites
tu te revelas
cão andejo!
ainda que revire latas,
ainda que revire cacos da memória,
ainda que te encontres
esfolado na matéria.
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